Uma carta para o pai do meu bebê
No meu sonho de ser mãe, você já estava como pai. Hoje que esse sonho se fez verdade, nasceram também as expectativas sobre quem você seria para o nosso bebê.
“Não espero gestos grandiosos. Espero sua mão segurando a minha, quando o medo apertar ou a alegria transbordar.”
Espero que esteja ao meu lado nas consultas, nas madrugadas insones, nas pequenas conquistas do dia a dia.
Desejo que seja pai inteiro. Não espectador, não ajudante. Que se reconheça na pele do bebê, que se permita viver o choro, o riso, o cansaço e a alegria.
Que saiba que a paternidade também é sua — tão sua quanto minha é a maternidade.
Dica prática: Pequenos gestos de presença valem mais do que qualquer palavra. Estar junto é o que constrói memórias.
Às vezes vou precisar do seu silêncio, outras de um abraço firme.
Talvez precise que me lembre de respirar fundo, ou que apenas esteja ali, presente, sem pressa.
O que mais desejo é não me sentir sozinha. Que seu olhar me diga: “Estamos juntos, eu também sou parte disso.”
Quero que o banho, a troca de fraldas e as noites sem sono sejam nossos — não só meus.
Que o peso se divida, que o amor se multiplique.
Que você viva a rotina como parte, não como favor. Porque quando o cuidado é compartilhado, a família cresce mais forte.
Pequenas formas de estar presente:
- Acompanhar consultas e ultrassons
- Segurar o bebê no colo nos primeiros dias
- Dividir a rotina da casa e do sono
- Estar disponível para ouvir — sem julgamentos
E, por fim, escrevo esta carta não para exigir perfeição, mas para sonhar com presença.
Com companhia. Com a certeza de que seremos três — aprendendo juntos, errando juntos, crescendo juntos.
Eu, você e nosso bebê. Uma família em construção, feita de amor e de escolhas diárias.