Qual o melhor método de introdução alimentar?

Introdução alimentar sem mimimi: o melhor método é aquele que deixa você e o seu bebê confortáveis na hora da refeição. Apresentar ao bebê que existem outras formas de se alimentar, com novos sabores e texturas além do leite materno, nem sempre é fácil. A introdução alimentar geralmente começa por volta dos 6 meses, quando o bebê já está preparado para essa nova fase de aprendizado e relacionamento com os alimentos.

Antes de começar, informe-se sobre os métodos — papinha amassadinha ou BLW (alimento em pedaços) — e escolha o que parecer melhor para a sua família. Organize como será a primeira semana, as comidinhas que serão ofertadas e o ambiente, com um assento ou cadeirinha bem posicionado e adequado para o bebê, copinho para água, pratinho e colher rasinha (pouco côncava). Priorize uma postura que dê acesso e permita interação com os alimentos. Outro detalhe importante para a introdução alimentar é que o bebê faça as refeições com a família; alinhe os horários para estarem juntos à mesa no maior número de refeições possível.

O bebê conduzirá o processo da introdução alimentar

Isto mesmo: deixe o bebê à vontade. Lembre-se de que, até 1 ano de idade, a principal fonte de energia e nutrientes continua sendo o leite materno ou a fórmula infantil já em uso. Então, relaxe: apresente os alimentos e permita que o pequeno determine a quantidade — e se vai comer.

Quanto ao método, muitas vezes são eles que “escolhem”. Algumas famílias preferem a abordagem tradicional (amassar no prato) e o bebê surpreende querendo explorar sozinho. Outras planejam o BLW, técnica de autonomia, e descobrem que o pequeno gosta de receber o alimento na colher. O importante é a família estar segura, tranquila e responsiva, para que a criança construa registros positivos dessas experiências na introdução alimentar.

Você é mamãe de hoje — e hoje não é mais como antigamente

Pois é: hoje não se inicia a introdução alimentar com suco de laranja-lima, nem com papinha batida no liquidificador. Indica-se oferecer a fruta após as refeições, como sobremesa, ou como lanche da tarde. Os sucos não trazem benefício maior do que a fruta in natura para maiores de 6 meses e são mais calóricos (um bebê não chuparia 4 laranjas, mas tomaria um copo com 4 frutas espremidas).

Por que evitar bater tudo no liquidificador?

Primeiro, porque o bebê precisa aprender a mastigar. Os movimentos de mastigação são primordiais e devem ser estimulados desde o início da introdução alimentar. Ofereça alimentos macios e pastosos, amassados com garfo, para fortalecer músculos e coordenação.

Além disso, os alimentos amassados preservam melhor os nutrientes. O liquidificador deixa a papinha muito líquida (um “suco salgado”), tritura fibras e mistura sabores, dificultando que o bebê diferencie textura e gosto de cada alimento — o que pode atrapalhar a aceitação de novas comidas depois.

Método BLW

Para começar o método BLW, o bebê deve ter pelo menos 6 meses — idade em que a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda iniciar a introdução alimentar complementar. É importante que consiga sentar, segurar os alimentos e levá-los à boca. Durante o método, o bebê fica à mesa e faz as refeições com os pais ou responsáveis, sempre com alimentos naturais.

Se optar por começar por este método, estude como cortar, cozinhar e oferecer os alimentos de forma segura. Veja dicas da nutricionista Camila Garcia aqui.

Antes de começar a introdução alimentar, saiba

• 1. Hábito se aprende por imitação: ao ver um adulto comendo, a criança se interessa e participa melhor.
• 2. Aguarde os sinais de prontidão para iniciar a introdução alimentar — em geral a partir do 6º mês.
• 3. O melhor método é o que o bebê evolui melhor; teste, observe e ajuste.
• 4. Transforme a refeição em oportunidade de expor a diversos sabores, texturas, odores e temperaturas.

Boa sorte!

Fontes:

saude.abril.com.br — 12 passos para uma introdução alimentar de sucesso

nutrinfantil.com.br — Cortes seguros na BLW