O desafio da amamentação no início
Após toda a preparação para o parto e a chegada do bebê, o foco volta-se para a amamentação — e lá vem a chuva de palpites. Começa a maratona de mamadas que, muitas vezes, são doloridas e com pouca pega nos primeiros dias. Amamentar dói e desmamar também!
Amamentar dói e desmamar também! Essa frase resume o sentimento de muitas mães no começo: corpo sensível, rotina virada e um amor enorme pedindo fôlego. Respeite seu tempo, busque apoio e lembre-se de que cada dupla mãe-bebê tem seu próprio ritmo.
Puerpério: noites em claro e aprendizados
A mãe no puerpério, emendando uma noite em claro na outra, já não sabe mais qual orientação seguir… mas os dias passam, o bebê aprende a mamar, a dor vai embora e tudo parece caminhar para a amamentação exclusiva até os 6 meses e, quem sabe, até os 2 anos com complemento, conforme a recomendação da OMS.
Razões médicas aceitáveis para uso de substitutos do leite: documento da OMS (em português) com recomendações para aleitamento materno exclusivo por seis meses, exceto em situações que justifiquem o uso de substitutos AFASS (adequados, financeiramente acessíveis, aceitáveis, seguros e sustentáveis). Acesse o PDF.
Quando a meta da amamentação não é possível
Nem toda mãe pode — ou consegue — atingir essa meta. A volta ao trabalho, medicações, outra gravidez ou esgotamento físico e emocional pesam na decisão. Às vezes, é preciso dizer: vou desmamar! Reconhecer limites também é cuidado. E sim: Amamentar dói e desmamar também!
A enxurrada de palpites e julgamentos
“Para, já come bem”; “Tá fazendo seu peito de chupeta”; “Tira do peito que dorme a noite toda”. Os conselhos chegam de todos os lados. Se for demais, pratique o “sorriso diplomático” e siga o plano que faz sentido para você e seu bebê.
Desmamar dói no corpo e no coração
Desmamar dói: o corpo sente, o coração mais ainda. Lembre-se de que quem atravessará o processo é você com o seu filho — por isso, escolham a hora juntos e com apoio. Amamentar dói e desmamar também!, e ambos os caminhos merecem acolhimento.
Como conduzir o desmame de forma gentil
Comece aos poucos. O desmame conduzido acontece quando a mãe mantém a amamentação até a criança não solicitar mais. Já o desmame tranquilo e gentil readequa a rotina: definir horários e locais, oferecer menos peito e substituir mamadas por contato, colo, água, lanchinhos, histórias e brincadeiras. Converse com o bebê; explicar o que vai mudar ajuda muito.
Dica prática: estabeleça “não oferecer, não negar”, reduza mamadas noturnas gradualmente, use blusas fechadas em horários combinados e envolva outra pessoa nas rotinas de dormir. Compressas frias e sutiã firme aliviam desconforto nas mamas. Se estiver difícil, lembre: Amamentar dói e desmamar também!, mas não precisa ser solitário — busque apoio.
Quando procurar ajuda profissional
Se a dor persistir, se houver feridas que não cicatrizam, febre, áreas avermelhadas nas mamas ou baixa transferência de leite, procure sua unidade de saúde, um banco de leite humano ou uma consultora IBCLC. Um ajuste pequeno na pega, no posicionamento ou na rotina pode mudar tudo — Amamentar dói e desmamar também!, porém informação e rede de apoio fazem enorme diferença.
- Sinais de boa pega: boca bem aberta, lábios evertidos e mais aréola visível acima que abaixo.
- Observe saciedade: fraldas molhadas e ganho de peso conforme acompanhamento.
- Organize turnos de descanso: quem cuida da mãe, cuida da amamentação.
Um novo ciclo para mãe e bebê
É um aprendizado para os dois: o bebê descobre outras formas de consolo e nutrição emocional, e a mãe redescobre o próprio corpo e os novos tempos da casa. Segundo Freud, a separação simbólica entre mãe e bebê ganha força com o desmame — paciência e presença fazem toda a diferença.
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Comentário (1)
Sou a Cíntia Morais, gostei muito do seu artigo tem muito
conteúdo de valor parabéns nota 10 gostei muito.